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Mostrando postagens de junho, 2009

Sabor das telonas

São muitos os filmes que abordam assuntos relacionados à gastronomia, poderia fazer uma lista de importância sobre vários aspectos. Mas, escolhi o meu preferido, pois não canso de indicar A Festa de Babette. Quando penso que todos já o conhecem, me aparece alguém que ainda não assistiu o longa. Isso me aconteceu hoje, uma colega de trabalho não sabia sobre o filme. Assim, para quem ainda não viu e para aqueles que, como eu, gostam de relembrar o clássico, está dada a dica. “Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem”. Trecho do texto de Rubens Alves sobre o filme. O texto acima foi publicado no jornal Correio Popular – Campinas(SP) e re

Paelha caipira

Não resisti em falar apenas do boi, então, falemos também da paelha. Isso mesmo, o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá, surpreende pela diversificação no cardápio, apresentando a paelha caipira. A comida é feita pelo Clube da Cozinha de Araxá, que participa ativamente do festival. O prato de origem espanhola é reinventado com um jeitinho bem mineiro. Ingredientes típicos da culinária brasileira, em especial da mineira, como costelinha, lingüiça, cebola, pimentão e couve fazem parte da receita. O resultado é uma invenção saborosa, que provoca uma verdadeira disputa no festival, rendendo uma fila em volta da cozinha montada no espaço. Para atender a essa demanda, os cozinheiros preparam a comida em grandes quantidades, um tacho atrás do outro.

O velório do boi

Recentemente, participei de um festival que me deixou maravilhada, o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá, que aconteceu no mês de maio. Uma celebração da verdadeira gastronomia, dias em que os participantes puderam respirar o cheiro da comida brasileira aliada à sofisticação de chefs internacionais. A elaborada e original programação surpreendia a todo instante. Além de workshops com renomados chefs, mesas redondas com assuntos empolgantes e degustações, o festival apresenta alguns eventos específicos, como o velório do boi. Uma festa da gastronomia que se assemelha a um ato de selvajaria, quando um boi inteiro é espetado e fica assando durante 24h. O momento é o auge do festival, reunindo curiosos em torno do animal que é velado pela noite toda ao embalo dos contadores de causos e uma tradicional cachaça.

Quando a gente gosta, é claro que a gente cozinha

O prazer de cozinhar está muitas vezes ligado ao prazer de agradar aos outros. É um carinho, uma oferenda, uma forma de demonstrar com farinha e ovo aquilo que o coração dita. Gosto de cozinhar para muitas pessoas. Dentre elas, meu afilhado Gabriel, que me permite não só dedicar meu afeto, mas, me leva a uma viagem no tempo, me faz moleca e criança. É uma motivação para acreditar que o futuro da nação, está sim, nas crianças. Me faz ir para cozinha em todos nossos encontros. Já fizemos pipoca à moda antiga, com a panela destampada para ver a explosão na cozinha. Para acompanhar as longas noites de filmes, elaboramos diferentes chocolates quentes. E, em uma tarde desanimada, partimos para a batedeira para fazer um bolo cheio de guloseimas, com gosto de infância.

O melhor lugar da casa

A vantagem de se ter um blog, além de usá-lo para divulgar informações e idéias, é poder fazer uso desse espaço para relatos pessoais. Esse texto, fala disso, de uma das relações que tenho com a gastronomia. Desde pequena fui acostumada e ver todas as reuniões sendo realizadas na cozinha. De um simples café com pão na chapa do fogão à lenha, hora em que aproveitávamos o quentinho do fogo para aquecer os dias frios, até os grandes almoços e jantares em família. Na minha casa, todos os assuntos, discussões, brigas, alegrias, comunicados, são feitos ao redor de uma mesa. Quando das mãos das mulheres da casa, uma fartura sem tamanho, que na maioria das vezes nos faz salivar só de sentir o cheiro dos quitutes. Quando das mãos dos homens, fortes e calejadas, as especialidades são os churrascos. A nova geração, netos e netas, ficam responsáveis por trazer novidades e por conta do barulho, é uma bagunça completa. Essa vivência me permite dizer que o melhor lugar da casa, sem dúvidas, é a cozin

Botecando eu vou

Estou começando esse blog agora e nada melhor para iniciar os trabalhos do que a notícia que tivemos essa semana em Belo Horizonte. O prefeito, Márcio Lacerda, aprovou no último dia 24 a Lei n° 9.714, que declara Belo Horizonte a Capital Mundial dos Botecos. A lei também institui o Dia Municipal dos Botecos, o terceiro sábado do mês de maio. Aquela história de que Minas não tem mar, mas tem bar, agora ganha mais essa força. Uma cultura que vem de anos e que construiu uma base sólida, composta de muito torresmo e cachaça. A capital mineira se tornou atrativa pela diversificação de seus botecos. A imagem de um lugar sujo, com comida de baixa qualidade e ambiente não familiar, há tempos caiu por terra por aqui. A cultura de botecar se tornou unânime, o que originou, inclusive, no evento Comida di Buteco. Chegando a sua 10ª edição, esse ano, o evento elege a melhor comida de boteco, levando em consideração outros aspectos também, como o atendimento, a limpeza e a temperatura da cerveja. É