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Mostrando postagens de setembro, 2011

Entrevistando: Letícia Massula

Feita de cultura, sentimento e pimenta, Letícia Massula, responsável pela Cozinha da Matilde , em São Paulo, presenteia o blog com sua participação nesta entrevista. Não preciso me alongar, pois suas respostas dizem tudo. Saboreie... Você tem outras atividades, quando percebeu que a gastronomia faria parte de sua vida? O que eu me pergunto até hoje é porque que fui fazer direito e ser advogada, rsrsrs. A verdade é que, apesar da gastronomia estar em minha vida desde que me entendo por gente (e talvez por isso mesmo), quando pensei em uma profissão, pensei em algo tradicional e não na cozinha. Cozinhar para mim sempre foi uma atividade cotidiana, natural, eu não enxergava como profissão e sim como uma habilidade a ser compartilhada com os amigos. Até que me dei conta que a vida é muito longa para a gente fazer uma coisa só e, depois de 12 anos advogando, resolvi que era hora de abraçar o fogão. E então fui estudar, aprimorar a técnica e todo este processo virou a Cozinha da M

O Zezé

Ontem fiz uma vista ao Bar do Zezé , que ficou conhecido através do Comida di Buteco . Aliás, o bar não existia antes disso, era uma mercearia com algumas mesas apenas. Já na primeira participação no CDB, o bar levou o primeiro lugar e não parou mais. Em 7 anos de participação, foi duas vezes o primeiro lugar, três o segundo, uma no terceiro e uma para o quarto lugar. É um sucesso, sem dúvidas. E também não tenho a intenção de discutir isso. Em nossa conversa, entre causos e histórias, Zezé por algumas vezes ficou corado de emoção ao falar de sua vida. Já eu, fiquei uma única vez, mas não só corada, junto veio o arrepio, a palpitação e tudo mais que um momento de emoção permite. O motivo disso tudo eu explico. Perguntei a Zezé qual era o segredo de tanto sucesso e tive como resposta o que já esperava: amor ao que faz, união da família, acreditar no sonho, etc. Fiquei satisfeita com a resposta, era o que queria ouvir. Adiante na prosa e Zezé me conta, com a maior naturalidade, como

Coração de bananeira

Alguns chamam de coração de bananeira, outros, de umbigo de banana. Para quem não conhece, é fácil identificar. Sabe aquele cone roxo que fica no cacho de banana, é isso mesmo. Após descascá-lo, você descobre essa iguaria, um elemento que revela importante tradição na cultura de Minas. Comum nas cidades de interior e fazendas, uma vez que as casas costumam ser rodeadas de bananeiras, o ingrediente era tido em abundância. Isso porque a fruta se adapta bem ao clima tropical e ao solo brasileiro. Contudo, atualmente, encontrar umbigo de banana nos grandes centros, é tarefa árdua. Além dos problemas diversos em cultivar e comercializar o umbigo de banana, o extinto produto está caindo no esquecimento gustativo de nosso povo, perdendo sua valorização. O saboroso prato, que costuma acompanhar costelinha e lingüiça de porco, é uma combinação perfeita para resgatar as raízes de nossa culinária.