Pular para o conteúdo principal

JF Sabor 2015

Acarajé do Poleiro do Galo
O JF Sabor 2015 já começou e cheio de novidades. Este ano o evento foi dividido em categorias, que serão realizadas em datas individuas. Ontem, dia 05, começou a etapa Petiscos, que acontece até o dia 15/03. Em seguida teremos Pizzas e Massas (25/06 a 05/07), Lanches / Sanduíches (13/08 a 23/08), Pratos e Sobremesas (01/10 a 18/10) e Mais uma Dose (04/11), que promete ser o grande evento de encerramento. O tema, que vale para todas as categorias, é a gastronomia Afro-Brasileira. Informações oficiais devidamente comunicadas, vamos às minhas considerações:

- Gosto do JF Sabor, acho que tem muito potencial e a gastronomia de Juiz de Fora merece/precisa de eventos assim. Contudo, acho que essa nova formatação é um tiro no pé. Uma decisão que parece ser totalmente comercial, como uma conta simples de multiplicar o lucro de um evento por cinco. Mas, com o pouco que sei desse mercado, gastronomia não se trata disso. Despertar no público a vontade de experimentar, a curiosidade, o prazer e tantos outros sentimentos envolvidos trata-se de paixão. Não estou sentindo isso no evento.

- Pelo que percebi, já aconteceu uma votação de júri técnico dos pratos e o público não irá votar, o que considero mais um motivo que prejudica o engajamento no evento.

- Não entendi a estratégia de não divulgação do JF Sabor. Cadê os bares com identidade do evento, guia com os estabelecimentos, redes sociais bombando, garçons oferecendo o prato da casa, o burburinho na cidade? Senti falta do clima gostoso de festival.

- Dei uma olhada nos pratos criados para essa etapa. São 17 casas, sendo que 12 dessas fizeram uma versão de bolinho de alguma coisa. Penso que essa pode ser uma característica do tema, mas petisco não se resume a isso. 

- A duração da etapa Petiscos é de 10 dias para visitar 17 estabelecimentos. Achei o prazo apertado para quem pretende visitar todos os lugares.

- Passei ontem por uma casa participante, o Poleiro do Galo. Sem nenhuma identificação do evento no lugar, pedi informação ao garçom, que me disse, sem entusiasmo, que estavam participando com um acarajé. Gostoso, bem feito, mas nada demais.

- Para encerrar, só preciso compartilhar com vocês esse limão cheio de purpurina enfeitando um dos pratos do evento. Brilha limãozinho, brilha!

Foto divulgada na Fanpage da Rádio CBN Juiz de Fora

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Assa peixe em Sabará

No final de novembro do ano passado estive em Sabará, bem pertinho da capital mineira, para participar do 27º Festival da Jabuticaba. Na época estava em uma correria e acabei não falando uma linha sobre o assunto aqui no blog. E agora vasculhando alguns arquivos achei um material bacana, receitas e dicas que vale contar para vocês. Além de servir de inspiração para participar do próximo festival, a cidade merece ser visitada sempre, pois os produtores artesanais, restaurantes e cozinheiros estão preparados para receber o ano todo. Para começar, preciso contar a minha maior surpresa por lá, o assa peixe frito. É feito pelo cozinheiro Manoel Ferreira, que trabalha no restaurante do Parque Quinta dos Cristais . Ele conta que aprendeu a cozinhar com a mãe, que o ensinou não só o ofício, mas também o prazer em degustar e identificar os sabores presentes em cada garfada. Para quem não conhece (assim como eu não conhecia), o assa peixe é uma urtiga, muito usada como planta medici

Lenda do bacuri

Outra lenda interessante é sobre a origem do bacuri. Dizem que, certo dia, na floresta, apareceu a cabeça de um índio caxinauá, que havia sido degolado por um de seus companheiros. A cabeça aterrorizava a tribo com exigências que deveriam ser cumpridas para evitar que não lhes fosse tirada a vida. Todos deviam buscar, na floresta, um fruto amarelo escuro e manchado, com casca dura e uma polpa deliciosa, vindo de uma árvore cheia de flores avermelhadas. Os índios obedeceram às ordens por muito tempo até que um dia alguém resolveu experimentar o fruto, sendo seguido por todos os outros índios. A cabeça ficou muito brava e se transformou na Lua. Depois disso, sempre que comiam a fruta, davam as costas para Lua.

Olhos de guaraná

Muitas frutas típicas do Brasil foram descobertas pelas mãos dos índios, o que explica as lendas contadas sobre a origem de algumas. O guaraná , por exemplo, é campeão de histórias que explicam sua existência. Em uma dessas, conta-se que havia um casal de índios na selva, que sonhavam em ter um filho. Até que Tupã , o deus dos deuses, concedeu a eles um filho perfeito. O menino era esperto e inteligente, sabido de todas as coisas. Contudo, para protegê-lo, os pais não lhe contaram sobre o segredo de Jurupari , um espírito do mal, que podia se transformar em qualquer coisa. Atiçado pela bondade do menino, Jurupari resolveu tirar-lhe a vida. O espírito do mal se transformou em serpente e, como todas as criaturas da mata eram afeiçoadas ao menino, ele não se intimidou diante do animal, que acabou por picá-lo. Ao encontrarem o menino viram que ele estava morto, com os olhos virados para trás. A floresta se abateu com tanta tristeza e, no meio do desespero, ouviu-se um trovão d