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Queijo em pauta


Um ícone da culinária mineira tem sido tema de muitas discussões e comentários ultimamente: nosso querido queijo. Muito se fala sobre suas características, qualidade, versatilidade e, principalmente, sobre a proibição. Isso porque o nosso queijo é produzido a partir de leite cru, ou seja, que não tenha passado por processo de pasteurização.  E isso incomoda muito aos órgãos regulamentadores. E incomoda ainda mais aos seus defensores, que acreditam em um produto que mantenha não só segurança alimentar, mas que mantenha originalidade, tradição e cultura. Pensando nisso,  darei início a uma série dedicada ao queijo. Para começar os trabalhos, vejam as últimas notícias...

No Comida di Buteco de 2012, em Belo Horizonte, o ingrediente homenageado será o queijo.

A Conspiração Gastronômica defende com fervor esse ingrediente e recentemente publicou uma matéria sobre o assunto.

Eduardo Avelar estreou na Rádio Guarani o Programa Sabores de Minas, numa bem humorada crítica à legislação do queijo. Além disso, seu blog sempre tem esse ingrediente.

O mestre Carlos Dória também tem falado em seu blog sobre o queijo.

Acaba de ser lançado o documentário O mineiro e o queijo, de Helvécio Ratton.
Pegando carona no lançamento do documentário, Girão teceu em seu blog.

É só o começo...

Comentários

Mariana disse…
Oi Mariana,

Também sou amante da cozinha, formada em Direito, mas atualmente estudo gastronomia. Adorei seu blog e vou passar a acompanhar.
Tenho um blog de gastronomia também, mas mais voltado para confeitaria. Se quiser conferir: www.chezmari.tumblr.com

Essa questão do queijo é muito interessante e já tinha lido algumas coisas sobre o assunto. Faço parte dos defensores do leite cru e como mineira essa proibiçao me atinge bastante. O nosso potencial em desenvolver produtos a partir do leite cru é muito grande e, infelizmente, ainda não foi explorado como se deve por repressões tolas como essa. Vamos torcer para que a nossa cultura saia vitoriosa e possa ser preservada.

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Assa peixe em Sabará

No final de novembro do ano passado estive em Sabará, bem pertinho da capital mineira, para participar do 27º Festival da Jabuticaba. Na época estava em uma correria e acabei não falando uma linha sobre o assunto aqui no blog. E agora vasculhando alguns arquivos achei um material bacana, receitas e dicas que vale contar para vocês. Além de servir de inspiração para participar do próximo festival, a cidade merece ser visitada sempre, pois os produtores artesanais, restaurantes e cozinheiros estão preparados para receber o ano todo. Para começar, preciso contar a minha maior surpresa por lá, o assa peixe frito. É feito pelo cozinheiro Manoel Ferreira, que trabalha no restaurante do Parque Quinta dos Cristais . Ele conta que aprendeu a cozinhar com a mãe, que o ensinou não só o ofício, mas também o prazer em degustar e identificar os sabores presentes em cada garfada. Para quem não conhece (assim como eu não conhecia), o assa peixe é uma urtiga, muito usada como planta medici

Lenda do bacuri

Outra lenda interessante é sobre a origem do bacuri. Dizem que, certo dia, na floresta, apareceu a cabeça de um índio caxinauá, que havia sido degolado por um de seus companheiros. A cabeça aterrorizava a tribo com exigências que deveriam ser cumpridas para evitar que não lhes fosse tirada a vida. Todos deviam buscar, na floresta, um fruto amarelo escuro e manchado, com casca dura e uma polpa deliciosa, vindo de uma árvore cheia de flores avermelhadas. Os índios obedeceram às ordens por muito tempo até que um dia alguém resolveu experimentar o fruto, sendo seguido por todos os outros índios. A cabeça ficou muito brava e se transformou na Lua. Depois disso, sempre que comiam a fruta, davam as costas para Lua.

Olhos de guaraná

Muitas frutas típicas do Brasil foram descobertas pelas mãos dos índios, o que explica as lendas contadas sobre a origem de algumas. O guaraná , por exemplo, é campeão de histórias que explicam sua existência. Em uma dessas, conta-se que havia um casal de índios na selva, que sonhavam em ter um filho. Até que Tupã , o deus dos deuses, concedeu a eles um filho perfeito. O menino era esperto e inteligente, sabido de todas as coisas. Contudo, para protegê-lo, os pais não lhe contaram sobre o segredo de Jurupari , um espírito do mal, que podia se transformar em qualquer coisa. Atiçado pela bondade do menino, Jurupari resolveu tirar-lhe a vida. O espírito do mal se transformou em serpente e, como todas as criaturas da mata eram afeiçoadas ao menino, ele não se intimidou diante do animal, que acabou por picá-lo. Ao encontrarem o menino viram que ele estava morto, com os olhos virados para trás. A floresta se abateu com tanta tristeza e, no meio do desespero, ouviu-se um trovão d