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Botecando eu vou

Estou começando esse blog agora e nada melhor para iniciar os trabalhos do que a notícia que tivemos essa semana em Belo Horizonte. O prefeito, Márcio Lacerda, aprovou no último dia 24 a Lei n° 9.714, que declara Belo Horizonte a Capital Mundial dos Botecos. A lei também institui o Dia Municipal dos Botecos, o terceiro sábado do mês de maio.
Aquela história de que Minas não tem mar, mas tem bar, agora ganha mais essa força. Uma cultura que vem de anos e que construiu uma base sólida, composta de muito torresmo e cachaça. A capital mineira se tornou atrativa pela diversificação de seus botecos. A imagem de um lugar sujo, com comida de baixa qualidade e ambiente não familiar, há tempos caiu por terra por aqui. A cultura de botecar se tornou unânime, o que originou, inclusive, no evento Comida di Buteco. Chegando a sua 10ª edição, esse ano, o evento elege a melhor comida de boteco, levando em consideração outros aspectos também, como o atendimento, a limpeza e a temperatura da cerveja. É uma verdadeira festa.
Assim, inauguro meu blog. Com um texto sobre um lugar ideal para bate-papo e debates de idéias, os botecos. E que gostaria que se aplicasse também a esse espaço virtual. Então, puxe a cadeira, peça uma gelada, uma porção de torresmo com mandioca e vamos conversar...

Comentários

Roberto disse…
Oi Mariana, sou mineiro mas estou em Brasília, que saudade dessa terra.. ainda mais dos botecos daí!

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Assa peixe em Sabará

No final de novembro do ano passado estive em Sabará, bem pertinho da capital mineira, para participar do 27º Festival da Jabuticaba. Na época estava em uma correria e acabei não falando uma linha sobre o assunto aqui no blog. E agora vasculhando alguns arquivos achei um material bacana, receitas e dicas que vale contar para vocês. Além de servir de inspiração para participar do próximo festival, a cidade merece ser visitada sempre, pois os produtores artesanais, restaurantes e cozinheiros estão preparados para receber o ano todo. Para começar, preciso contar a minha maior surpresa por lá, o assa peixe frito. É feito pelo cozinheiro Manoel Ferreira, que trabalha no restaurante do Parque Quinta dos Cristais . Ele conta que aprendeu a cozinhar com a mãe, que o ensinou não só o ofício, mas também o prazer em degustar e identificar os sabores presentes em cada garfada. Para quem não conhece (assim como eu não conhecia), o assa peixe é uma urtiga, muito usada como planta medici

Lenda do bacuri

Outra lenda interessante é sobre a origem do bacuri. Dizem que, certo dia, na floresta, apareceu a cabeça de um índio caxinauá, que havia sido degolado por um de seus companheiros. A cabeça aterrorizava a tribo com exigências que deveriam ser cumpridas para evitar que não lhes fosse tirada a vida. Todos deviam buscar, na floresta, um fruto amarelo escuro e manchado, com casca dura e uma polpa deliciosa, vindo de uma árvore cheia de flores avermelhadas. Os índios obedeceram às ordens por muito tempo até que um dia alguém resolveu experimentar o fruto, sendo seguido por todos os outros índios. A cabeça ficou muito brava e se transformou na Lua. Depois disso, sempre que comiam a fruta, davam as costas para Lua.

Olhos de guaraná

Muitas frutas típicas do Brasil foram descobertas pelas mãos dos índios, o que explica as lendas contadas sobre a origem de algumas. O guaraná , por exemplo, é campeão de histórias que explicam sua existência. Em uma dessas, conta-se que havia um casal de índios na selva, que sonhavam em ter um filho. Até que Tupã , o deus dos deuses, concedeu a eles um filho perfeito. O menino era esperto e inteligente, sabido de todas as coisas. Contudo, para protegê-lo, os pais não lhe contaram sobre o segredo de Jurupari , um espírito do mal, que podia se transformar em qualquer coisa. Atiçado pela bondade do menino, Jurupari resolveu tirar-lhe a vida. O espírito do mal se transformou em serpente e, como todas as criaturas da mata eram afeiçoadas ao menino, ele não se intimidou diante do animal, que acabou por picá-lo. Ao encontrarem o menino viram que ele estava morto, com os olhos virados para trás. A floresta se abateu com tanta tristeza e, no meio do desespero, ouviu-se um trovão d